sábado, 4 de maio de 2013

Etiópia também pode ensinar ao Brasil! Uma dica ao MEC!



Olha só essa situação! A China é um país ateu. O Brasil é o maior país católico do planeta. Poderíamos tratar de vários pontos nessa discussão, mas não vamos. Trataremos de um em uma abordagem tangencial porque eu não disponho de muitos dados. Por esta razão, vou fazer apenas algumas ilações sobre alguns aspectos. A Educação será tocada de raspão, e os desportos receberão um toque rápido. Os índices educacionais dos chineses são muitos melhores que os do Brasil. De acordo com o PISA, o Brasil leva uma pisa de lascar o cano e por isso está feio na foto. Em matéria publicada pela Folha de São Paulo, “07/12/2010 – No Pisa 2009, o foco de análise foi a leitura. Nesse ranking, o Brasil obteve 412 pontos - a China, primeira colocada, chegou a 556 pontos.”

Falar em resultados de Olimpíadas é algo que não podemos ter a prepotência nem de mencionar. Em várias modalidades eles são superiores a muitos países.

Poderíamos adentrar mais, entretanto vou me deter. Preciso aqui tratar de outro país: a Etiópia. Uma nação que fica na África. O Índice de Desenvolvimento Humano da Etiópia está listado em 173º. É muito baixo. O país não é rico. A renda per capita é de US$ 1.150.

Do ponto de vista da religião, a Wikipedia diz o seguinte, "O país também tem laços históricos próximos com as três maiores religiões abraâmicas do mundo. A Etiópia foi um dos primeiros países cristãos no mundo, tendo oficialmente adotado-o como religião do Estado no século IV. O país ainda tem uma maioria cristã, porém um terço da população é muçulmana."

Na última Olimpíada Mundial, a Etiópia ficou em melhor posição que o Brasil.

Na Educação, dados recentes apontam os resultados da Etiópia em Matemática e Ciências, também, superiores aos do Brasil.

Agora, pasmem e fiquem com cara de bobo. O Brasil é atualmente a SEXTA economia mais poderosa do mundo.

O Brasil vai mandar estudiosos à China para ver o que eles fazem por lá que fazem seus resultados melhores do que os nossos. Deveriam mandar também à Etiópia porque eles também são melhores do que nós. Imagino que isso não vai ocorrer.

Talvez tenha aí um dedo de Marco Feliciano. De acordo com o “nobre” deputado, a África foi condenada por Noé. Creio que ele deve achar que não é de bom alvitre que se busque modelos de nação assim.

Bom, mas quero aqui dá um enfoque diferenciado também. O Brasil é um país com valores e valorizações diferentes. Aqui analfabeto se elege a cargo político. Bandidos se tornam legisladores em todas as casas legislativas. Entre outras minúcias que podemos relacionar.

Pois bem. Vejamos outra coisa. Estamos ficando sem professores para as áreas importantes do desenvolvimento da nação. O país não investe corretamente em Ciência e Tecnologia. Cria inúmeros institutos para a formação de técnicos e tecnólogos. O investimento que deveria ser feito de forma incisiva ocorre em se mandando milhares de brasileiros para estudar em outros países. O salário do docente brasileiro não é um atrativo.

Apenas para fazermos uma pequena comparação, vejamos esses dados. Um professor com licenciatura no Estado do Acre não ganha R$ 2000. Um professor com graduação na universidade federal brasileira não ganha R$ 3.000 (três mil reais). Dedicação exclusiva é apenas um engodo contratual. O sujeito precisa, mas precisa mesmo, trabalha em outro emprego. Para chegar a R$ 5.000, tem que ter mestrado. Para ultrapassar esse valor, carece ter doutorado. Mesmo que seja em “excrementos de anelídeos endovulcânicos”. E assim a Ciência se desfaz. De acordo com os políticos e burocratas, o Brasil precisa apenas de técnicos. Por isso: tome IFACs.

O outro lado da moeda é o seguinte: o Brasil, pelo menos na área federal, preza demais a visão policialesca. Somos uma nação com uma vocação policial. Não que não devamos. Devemos sim. Temos muitos casos precisando de investigação e solução.

Mas, considere estes pontos: Policial Rodoviário Federal precisa ter apenas graduação para ter um salário superior ao de um professor com mestrado na universidade brasileira. Talvez vá além dos R$ 7000. O agente de polícia federal necessita ser graduado para ganhar muito mais que um professor com doutorado na universidade federal brasileira. Creio que supera os R$ 9000. Os policiais merecem tal salário? Claro! Eles são qualificados e merecem ter bons salários. Mas, e os professores?! Por que não podem ter bons salários, inclusive superiores aos graduados das polícias? Será que Fernando Henrique Cardoso estava certo quando em uma das greves dos professores universitários disse que “quem não sabe fazer outra coisa vai ser professor.” Isso está gravado em algum lugar.

E pergunta que fica no ar é: se você, cidadão brasileiro, que tem família e necessidades biológicas, sociais, familiares, entre outras coisas, tivesse a possibilidade de escolher entre ter um salário de policial federal ou de professor que mesmo depois de VINTE anos de docência tem a indecência de um salário de menos de R$ 5.000 (cinco mil)? Você iria ser o quê? Professor ou policial?

É claro que a China tem muito a nos ensinar. A Etiópia é outra nação que também tem muito a nos ensinar. Na China, político bandido é morto. No Brasil, político bandido é aclamado como “deus”. Deve haver muita coisa errada nesse país chamado Brasil. Roger Bastide pode ser um nome a ser lido para nos compreendermos.

Um país que paga melhores salários a todas as outras funções, e que não paga salários condizentes aos professores, fará duas coisas: primeiro, afastará os profissionais da Educação para outras carreiras; e segundo, se tornará servil às outras nações que investem corretamente em Ciência e Tecnologia. Não parece ser o caso do Brasil?! Ou será?!
Mas veja o que deu na VEJA!

 

 

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