sábado, 22 de março de 2014

Dura Lex Sed Lex - Paciência e o CNJ Matando a Esperança!

Paciência e o CNJ Matando a Esperança!

Dura Lex Sed Lex!

Realmente, em se tratando de Justiça, acho que pela situação que nos encontramos, deveríamos implantar o CNI = Conselho Nacional da Injustiça.
Considere o seguinte fato: o sujeito é professor e ganha a vida vendendo o seu conhecimento acumulado ao longo de vários anos. É natural que ele receba seu dinheiro pro qualquer trabalho realizado. Da mesma forma, o pedreiro que realiza os trabalhos de reforma na sua casa, também deverá receber por sua atividade uma vez que o mesmo precisa pagar transporte, alimentação, e as demais contas ligadas a ele e todos os familiares. Conquanto não queira, ou até nem perceba, ele estará pagando impostos e tributos aos governos nas três esferas.
Eu sou professor e em 2009, fui solicitado a preparar uma prova para aplicar para alguns professores que queriam fazer um teste de Inglês por conta de um mestrado/doutorado. No mesmo ano, só que dois meses antes, outra prova de teor semelhante fora aplicada para outro grupo. Os fatos relacionados às duas provas são razoavelmente carentes de apreciação. A primeira prova foi aplicada e por este trabalho, eu e outros colegas recebemos o devido pagamento. A magnífica à época não criou embaraço algum para efetuar o pagamento. Não precisamos nenhum exercício de paciência por ter sido a atividade concretizada e considerarmos lícito o seu pagamento. Uns dois meses depois, outra prova semelhante foi solicitada por outro grupo e a mesma foi concretizada legal e justamente. Desta mesma, a mesma magnífica recusou fazer o pagamento e colocou toda a estrutura jurídica da instituição para usar todos os recursos e expedientes para não efetuar o pagamento por aquele trabalho licitamente realizado. Isso foi em 2009. Desde lá a paciência tem sido baleada e pisoteada pelos entraves da lei porque a colega magnífica se recusou a pagar uns míseros R$ 3.500,00, em valores aproximados à época.
Uma vez que a causa fora iniciada no Juizado Especial Federal, penso que a celeridade com que o processo tem sido tratado não deve ser de conhecimento do CNJ. Se for, tanto a Injustiça Federal como o próprio Conselho estão mostrando um esforço muito grande para fazer com que a Paciência seja mortificada na lenta e que a atividade precípua do JEF deixa de ser eficaz e passa a ser inócua. Penso que os custos de um processo como esse já deva ter ultrapassado o valor demandado no mesmo. E o pior é que é para ordenar o pagamento por trabalho lícito e realizado.
Paciência com ciência e consciência produz sapiência. Mas, nesse caso especificamente, a paciência está morrendo junto com a esperança. Realizar um trabalho e ser impedido de receber o pagamento por capricho de um agente público ou inoperância de uma entidade é mortal e descabido. Se conselho fosse bom, ninguém daria, ele seria vendido. O que terá sido feito do CNJ? Por que permite que um processo como este seja mantido por tanto tempo nas prateleiras do juizado? Se a justiça não consegue ser feita a contento, já não temos mais a quem recorrer. Um processo ter sido iniciado no fim do primeiro semestre de 2009 e até agora, já quase terminando o primeiro de 2014, não ter sido apreciado pelo juizado para que seja ordenado o pagamento é algo a se questionar. E olhe que o referido juizado foi criado para acelerar esses pequenos imbróglios e esse mesmo juizado, por vezes, deixa a gente sem esperança e com a paciência dando os últimos suspiros por conta de tanta injustiça.
Dura Lex Sed Lex = A lei é dura, mas cede!

PS: A verdadeira tradução é outra.

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