quinta-feira, 26 de setembro de 2013

INVASÃO DE PRIVACIDADE E DE DADOS – DESPERCEBIDAS E GRÁTIS!

INVASÃO DE PRIVACIDADE E DE DADOS – DESPERCEBIDAS E GRÁTIS!

      Gente, falando sério! Há algumas coisas que eu não tenho conseguido entender. Bem, de acordo com René Descartes, no “Discurso do Método”, ‘uma das coisas mais bem distribuídas sobre a face da Terra é o bom senso’. Muitos se acham melhores do que os outros, mas nem sempre isso é verdadeiro. Outros não parecem ser tão sensatos, todavia a maneira como abordam algum assunto, se mostram bastante equilibrados. Talvez por conta de Descartes, eu nem me ache tão estúpido assim. Creio até que eu tenho bom senso nessa minha empreitada reflexiva.
      Eu estou com umas perguntas fervilhando na minha cabeça. Antes, vou fazer umas considerações e depois eu exponho minhas interrogações.

Considerando que:
1 - A cidade de Rio Branco está ficando cheia de radares para lascar as multas nos condutores de veículos; às vezes, o mesmo automóvel é multado no mesmo ponto, duas vezes, com um agravante tipicamente de piada de "purtuguês", nos dois lados da via, indo e vindo;
2 – Cada radar está ligado diretamente a uma central de processamento de dados e a transmissão dessas informações é feita em tempo real por uma operadora de telefonia;
3 – Os dados emitidos por cada aparelho instalado parece não ter nenhuma criptografia de proteção e podem ser invadidos e ter seus dados capturados por qualquer sujeito habilitado em tecnologia da informação;
4 – Atualmente, a cidade de Rio Branco está recebendo uma enorme quantidade de câmeras de vigilância, as quais estão sendo plantadas em pontos estratégicos das vias públicas e que também transmitem em tempo real o tráfego dos cidadãos e automóveis, sem a menor restrição;
5 – Os cidadãos acreanos urbanos de Rio Branco, e seus visitantes também, estão coagidos a participarem de um programa de vigilância, no qual não se fez e não se faz a solicitação, ou consulta popular, para saber se querem e aprovam essa invasão de privacidade;
6 – Esses gastos com esse sistema de vigilância não estão colocados de forma transparente e não se sabe o quanto isso está onerando o bolso do contribuinte;
7 – O risco de mais uma vez vermos esses equipamentos serem danificados e largados ao relento sem que haja aproveitamento de alguma forma dos mesmos; podemos encontrar alguns, próximos ao Palácio Rio Branco, ao Estádio do Rio Branco, à UFAC centro, e em outros locais que não sei precisar, os quais estão quebrados e portanto inúteis;
8 – Não há transparência para esses atos e fatos.

Pergunto:
1 – Quais são realmente os objetivos destes procedimentos de invasão de privacidade com esses radares e essas câmeras?
2 – Quanto se gastou para implantar esses radares e câmeras de invasão?
3 – Quanto se arrecada com esses radares e para onde vai essa arrecadação?
4 – Quem controla e até que ponto exerce esse controle sobre o sistema que opera essa quantidade de dados?
5 – Quantas cidades brasileiras estariam usando recursos semelhantes sem ter a real noção da invasão de privacidade e quem mais estaria tendo acesso a esses dados?
6 – Estariam estes dados sendo vigiados e espionados pelas agências de espionagem americanas, tais como: CIA, FBI, e NSA? Servem à ABIN e à PF também?
7 – As autoridades constituídas têm capacidade cognitiva para saber quem acessa esse conteúdo, e se sabem, de que forma usam os registros?
8 – Qual é o grau de exposição da vida dos cidadãos nesses centros de invasão de privacidade?
9 – Quem são as autoridades que cuidam destes centros de invasão ativa? Elas fazem partes de milícias? Sofrem algum processo judicial? Seriam elas idôneas e probas o suficiente para agirem de forma ética e humanizada?
10 – O senhor Obama e a senhora Dilma teriam algum interesse pessoal nesse tipo de coisa? Até que ponto?
11 - Será que somos realmente embriões de terroristas para os americanos ou seres acéfalos nessa nação de autoridades nacionais pouco confiáveis?


Creio que poderíamos ter autoridades mais corretas, transparentes, e honestas. Mas, a “última instância” não serve mais referência. A quem mais recorrer? E como?


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